A maior mudança no sistema de tributos sobre o consumo das últimas décadas já tem data para começar: a Reforma Tributária entra em vigor em 2026.
Empresas que esperarem até o último momento para se adaptar vão pagar caro, pois erros de apuração, perda de créditos, aumento da carga tributária e a perda de competitividade serão quase diários.
A boa notícia? Quem se planejar ainda em 2025 pode transformar essa mudança em eficiência, vantagem estratégica e, principalmente, economia.
Neste artigo, você vai conhecer 3 ações práticas que sua empresa pode adotar ainda este ano para se preparar com segurança, certamente saindo na frente da concorrência.
1. Entenda a nova regra dos créditos tributários
O novo modelo será não cumulativo, portanto sua empresa poderá abater do imposto a pagar no valor do imposto pago nas etapas anteriores.
Mas há um ponto crucial:
- O crédito só será liberado se o fornecedor tiver de fato pago o tributo.
Isso significa que:
- Não basta o imposto estar destacado na nota fiscal;
- Você só se credita se o débito do fornecedor estiver extinto, ou seja, efetivamente pago;
- Compras sem nota ou de fornecedores irregulares não geram crédito.
Veja um exemplo prático com o setor de Construção Civil:
Se uma Construtora comprar materiais sem nota fiscal, eventualmente não poderá usar esse valor para abater o imposto a pagar. Com a nova regra da Reforma Tributária, isso significa pagar mais imposto no final, porque o crédito que poderia reduzir a carga tributária simplesmente não vai existir.
Imagine o seguinte:
- A construtora compra R$ 100 mil em materiais (sem nota fiscal);
- Agrega R$ 120 mil de mão de obra;
- Emite nota fiscal de R$ 220 mil para o cliente.
Com a alíquota de 13,5% (considerando a redução de 50% para o setor de construção civil):
Cenário 1 – Compra sem Nota Fiscal:
Sem crédito tributário.
Imposto devido: 13,5% sobre R$ 220 mil = R$ 29.700
Cenário 2 – Compra com nota fiscal:
Com direito a crédito de R$ 13.500 (13,5% sobre os R$ 100 mil de materiais).
Imposto devido: R$ 29.700 – R$ 13.500 = R$ 16.200
Resultado:
A simples ausência da nota fiscal aumentou em R$ 13.500 os tributos a pagar — um impacto de 45,4% a mais em carga tributária.
Esse tipo de perda será, sem dúvida, cada vez mais comum para empresas que não tiverem rotinas de controle e compliance no processo de compras.
E vale lembrar: esse impacto pode se repetir mês a mês, ocasionalmente gerando prejuízos acumulados ao longo do tempo.
O que fazer agora:
- Solicite Certidões Negativas de Débitos (CNDs) dos seus principais fornecedores;
- Revise cadastros e evite compras com risco tributário;
- Implemente uma rotina de compliance fiscal na área de compras.
2. Revise sua carteira de fornecedores do Simples Nacional
A Lei Complementar 214/2025 estabelece que, em compras de empresas do Simples Nacional, o crédito do comprador será limitado ao valor efetivamente pago por elas de IBS e CBS.
O que isso impacta na prática:
Empresas do Simples pagam menos tributos, logo, seus clientes terão menos crédito;
Se um fornecedor do Simples gera 12% de crédito e outro fornecedor no regime regular gera 27%, inegavelmente, a diferença de até 15% pode representar uma perda real de margem no seu produto ou serviço.
O que fazer agora:
- Mapeie seus fornecedores do Simples Nacional;
- Calcule o impacto financeiro da diferença de crédito;
- Negocie descontos comerciais com esses fornecedores;
- Avalie trocar fornecedores, caso o custo tributário se torne inviável.
Se sua empresa é do Simples:
Clientes do regime regular podem começar a migrar para concorrentes fora do Simples. Reavalie sua política de preços e estude uma possível migração para o regime regular.
3. Simples Nacional: prepare-se para um cenário de perda de competitividade
A LC 214/2025 determina que empresas optantes pelo Simples não podem se creditar de IBS e CBS;
Seus clientes podem se creditar, mas apenas do valor efetivamente pago no Simples.
O resultado:
Vender para empresas do regime regular se tornará menos vantajoso, por consequência, o cliente recebe menos crédito e pode optar por fornecedores em outros regimes.
O que fazer agora:
- Simule a migração para o regime regular, se estiver próximo do teto do Simples;
- Reavalie sua formação de preços para compensar a desvantagem fiscal;
- Garanta a emissão de documentos fiscais eletrônicos idôneos, que permitam o crédito ao cliente;
- Mantenha um diálogo com seus principais clientes sobre os impactos da reforma.
A Reforma Tributária começa em 2026. Mas quem quer economizar começa agora.
Empresas que se antecipam vão pagar menos tributos e sair na frente da concorrência.
Comece com o nosso Planejamento Tributário da Reforma — mostramos sua carga atual, simulamos os impactos da nova legislação e traçamos caminhos para reduzir custos.
E se quiser ir além, criamos um Calendário de Implantação personalizado, com ações práticas para adaptar sua empresa com segurança e vantagem estratégica.
Quem se antecipa agora, garante economia, previsibilidade e vantagem no mercado amanhã.
Reforma Tributária 2026: como a Planning está preparando empresas para economizar tributos
A Planning é uma das maiores autoridades do país em contabilidade corporativa e planejamento tributário estratégico. Com mais de R$ 50 bilhões sob gestão e presença nacional consolidada, apoiamos empresas com faturamento acima de R$ 1 milhão mensais a se prepararem — com antecedência e inteligência — para a maior mudança tributária das últimas décadas. A Reforma Tributária de 2026 vai alterar profundamente a forma como as empresas recolhem e se creditam de tributos sobre o consumo, exigindo muito mais controle, compliance e estratégia do que nunca.
Enquanto muitos ainda esperam uma regulamentação definitiva, a Planning já está simulando cenários, mapeando riscos e estruturando cronogramas de implantação para empresas que querem transformar o novo modelo em vantagem competitiva. Nossa atuação vai além do alerta: integramos diretamente aos principais ERPs do mercado (como SAP, Protheus, Sigepe e outros), dominamos os impactos da não cumulatividade e temos times especializados por segmento — Indústria, Agronegócio, Construção Civil, Energia, Varejo, entre outros.
Sabemos que cada setor será impactado de forma diferente pela nova legislação. Por isso, nosso planejamento tributário para a Reforma é personalizado, técnico e aplicável. Se a sua empresa ainda não começou esse movimento, está na hora de agir. A diferença entre economizar ou perder margem começa agora, em 2025. E a Planning está pronta para te conduzir — com clareza, segurança e estratégia — por esse novo cenário tributário.