PrimeGlobal: a contabilidade como protagonista da agenda ESG


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A agenda ESG já é uma realidade global, influenciada por credores, investidores e, principalmente, pelas novas gerações. E o International Sustainability Standards Board (ISSB) passará a exigir, em breve, a padronização de divulgações. O órgão deve unificar a forma e o conteúdo dos vários relatórios de sustentabilidade, hoje adotados com diferentes critérios. Isso abre caminhos para uma atuação ainda mais abrangente e estratégica dos profissionais da contabilidade.

No Brasil, o Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade (CBPS) foi criado para recepcionar e aplicar as normas do ISSB no País. Um crescente número de empresas está assumindo compromissos socioambientais, criando comunidades e repaginando profundamente o ambiente e a cultura de trabalho atuais.

O que o dia a dia comprova

Para subsidiar as discussões sobre o tema, a Planning realizou a segunda edição de uma pesquisa anual para avaliar o estágio de maturidade da agenda ESG nas empresas do estado de Goiás, onde está sediada. Nós entrevistamos 64 CEOs, conselheiros, diretores administrativos e controllers de diferentes empresas do estado. Nesse grupo, todas tiveram faturamento de R$ 78 milhões a 1 bilhão em 2021 (de US$ 15 a 200 milhões, aproximadamente).

Os resultados da pesquisa revelam que a pauta ESG pode se tornar um importante vetor de oportunidades e geração de valor para as organizações. Do total de entrevistados, 50% afirmaram estar dispostos a pagar mais por um produto ou serviço de uma empresa que demonstre boas práticas de ESG. Cerca de 70% entendem que a adoção de uma agenda efetiva de ESG pode ser uma importante vantagem competitiva.

Por outro lado, o caminho ainda é de construção. Em relação às políticas formais já implementadas, 30% das empresas não possuem um código de ética. Já 58% adotam políticas formais de preservação do meio ambiente. Enquanto isso, 45% têm agenda de ações sociais, como voluntariado.

Contabilidade na linha de frente

As oportunidades estão à mesa para posicionar os negócios à frente de uma sociedade mais exigente. E o profissional da contabilidade deve assumir esse protagonismo, especialmente com as novas normas do ISSB. Afinal, elas podem colocar os relatórios de sustentabilidade no mesmo patamar dos demais relatórios financeiros. Isto porque a contabilidade pode – e deve – assumir o papel de ser a fonte geradora de informações que reduzem a chamada “assimetria informacional” entre dados financeiros e não financeiros, como através do Relato Integrado (RI),documento que fornece um riquíssimo conjunto de dados para avaliação da empresa.

No Brasil, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM),o Relato Integrado passou a vigorar em 2021, ainda de forma não obrigatória. E em caso de ser aderido pelas empresas de capital aberto, o Relato será submetido à asseguração limitada por auditores independentes.

O ESG precisa ser feito, não apenas planejado

Na divulgação de informações sobre sustentabilidade, é fundamental combater o “greenwashing”, que são as ações vazias, anunciadas com fins comerciais e que evidenciam apenas as boas ações e os números positivos. Ao invés disso, é preciso divulgar todas as informações relevantes, inclusive as de impacto negativo e de riscos para a empresa. Daí a necessidade do envolvimento de toda a governança, dos auditores independentes e conselheiros, entre outros guardiões da Governança Corporativa.

 

Espera-se que a criação, pelo ISSB, de um framework dos relatórios de sustentabilidade focado nas necessidades dos investidores, deva suprir esta lacuna. Atualmente, existem diversos nomes e estruturas para os relatórios de sustentabilidade e a ausência de um padrão de divulgação justifica a baixa adesão das empresas, além de dar margem para publicações enviesadas (ou greenwashing).

Avanços para o amanhã. Desafios para o agora

No Brasil, das 328 empresas de capital aberto em 2021, apenas 48% delas divulgou o relatório de sustentabilidade. Apesar disso, a pesquisa The State of Play in Sustainability Assurance, realizada em 2021 pela International Federation of Accountants (IFAC) em conjunto com o American Institute of Certified Public Accounting (AICPA) e o Chartered Institute of Management Accountants (CIMA),concluiu que o Brasil está entre os países que mais publicam Relatos Integrados.

De fato, há ainda um longo caminho a percorrer, mas é crescente a pressão do mercado para que o desempenho econômico e a sustentabilidade estejam interligados e que as duas perspectivas tenham igual relevância na avaliação de empresas. Para surfar na onda das novas demandas de atuação do profissional da contabilidade, é essencial que sejamos proativos na identificação e na abordagem dos desafios que as empresas têm pela frente.

E é nesse momento que a Planning entra em cena, com um compromisso vai além dos números e da legislação, transbordando na nossa responsabilidade de construir um futuro mais sustentável para todos. Nós nascemos com foco na adoção de boas práticas para a agenda ESG, e, ao longo do nosso crescimento, investimos tempo e recursos para melhorar constantemente.

Queremos colaborar e nos associar a clientes e fornecedores que possuem a mesma visão que a nossa. Entre em contato a Planning que, em 15 minutos, te mostraremos como a agenda ESG pode transformar o seu negócio!

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Copywriter | Content Creator

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