Hoje, no Brasil, as Instituições de Ensino privadas podem contar com uma série de estratégias financeiras e tributárias para melhorar a rentabilidade. Entre elas, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC),também conhecido como Fundo de Recebíveis. Portanto, trata-se de um investimento de renda fixa direcionado a investidores qualificados.
Essa aplicação consiste na aquisição de títulos de crédito de organizações, em que o investidor empresta dinheiro para o emissor (organização) e recebe juros em troca, tornando-se o credor. Mas qual é a conexão desse recurso com as instituições de ensino?
Podemos dizer que é um pouco simples: as entidades de ensino privado recebem pagamento pelos serviços prestados por meio de mensalidades cobradas dos estudantes, certo? Ao vender o direito creditório para um fundo de investimento, que disponibiliza o valor líquido à instituição, as empresas conseguem otimizar o fluxo de caixa.
Funcionamento do FIDC
Em primeiro lugar, os Fundos de Investimento são um instrumento financeiro diversificado, capaz de atender tanto investidores pequenos, em busca de renda extra, quanto grandes organizações em busca de soluções financeiras inovadoras. E apesar de ainda ser pouco conhecido, o FIDC oferece uma oportunidade para gerar caixa imediato e, consequentemente, crescimento para as empresas.
Os direitos creditórios consistem em créditos de clientes a serem recebidos por uma organização, provenientes de diversos segmentos do mercado financeiro, incluindo a educação. Assim, o papel do FIDC é adquirir e transformar o direito de crédito em título negociável no mercado financeiro, por meio de securitização.
Destino dos Títulos
Os títulos são adquiridos por investidores qualificados através de uma empresa administradora, isto é, a responsável por conduzir os investimentos dos fundos. Além disso, a estrutura do FIDC inclui gestores, custodiantes, estruturadores e cedentes, com duas formas de investimento no fundo: a participação pode ser aberta ou fechada. Entretanto, o que isso significa? Eu te explico.
Mais tradicionais no mercado financeiro, as cotas abertas possuem fácil acesso. Assim, o investidor pode resgatar a cota a qualquer momento (seguindo o contrato estabelecido pelo fundo),ao contrário do fundo fechado. No segundo caso, para o resgate, é necessário aguardar o fim do prazo de duração do fundo ou negociar a cota em um mercado secundário, repassando-a para outro investidor.
Tipos de Cotistas
O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, além de sua classificação em aberto ou fechado, é segmentado em duas categorias de cotas distintas: sênior e subordinadas. As cotas sênior apresentam uma rentabilidade prefixada e se assemelham a títulos de renda fixa. Elas conferem ao investidor prioridade no recebimento de juros, resgate ou amortizações do valor investido. Em decorrência dessa preferência, o nível de risco associado a essas cotas é reduzido.
Por outro lado, as cotas subordinadas implicam em um perfil de risco mais elevado. Os investidores detentores dessas cotas só recebem remuneração após todos os cotistas sênior terem recebido, assumindo, assim, o risco de possíveis inadimplências dos títulos. Contudo, em contrapartida a esse maior risco, as cotas subordinadas oferecem uma rentabilidade potencialmente mais elevada.
FIDC na Educação
As instituições de ensino podem se beneficiar do FIDC como uma estratégia para otimizar seu fluxo de caixa. Ao vender os direitos creditórios provenientes das mensalidades dos estudantes para um fundo, essas instituições obtêm um acesso rápido a recursos financeiros. Em vez de esperar pelo pagamento das mensalidades ao longo do tempo, elas podem antecipar esses fluxos de caixa, possibilitando investimentos em melhorias na infraestrutura, expansão de serviços educacionais ou outras iniciativas que contribuam para o crescimento da instituição.
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