A utilização de moedas digitais avança ao redor do mundo e nos parece cada vez mais uma realidade.
Mas até que ponto estamos preparados?
Na nossa visão, talvez teremos dificuldade de avançar ainda mais enquanto não forem observados, entre outros, os seguintes quesitos: acesso à tecnologia para todos, necessidade de educação sobre o tema e regulamentação da moeda como um fator de confiança.
O Banco Central alertou, por meio do Comunicado 31.379/17, sobre os riscos decorrentes de operações de guarda e negociação das denominadas moedas virtuais. Entre eles, os principais apresentados foram: não serem emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, não terem garantia de conversão para moedas soberanas, não serem lastreadas em ativo real de qualquer espécie e serem baseadas apenas na confiança.
Ainda que o Banco Central afirme ser favorável as inovações, parece que a regulamentação é um fator preponderante para avançar.
Um ponto que também vem chamando a atenção é a falta de uma regra robusta de contabilidade para reconhecimento dessas moedas. Atualmente existem duas possibilidades: reconhecer como estoque, caso seja o modelo de negócio da empresa comprar e vender essas moedas, ou como ativo intangível.
Assim, do ponto de vista contábil, a ausência de uma regra pode também ser um assunto para retardar as transações e que demanda preparo.
E você, está preparado?